Paradoxo de “Genética nos Bastidores”

       O artigo que escolhi fala sobre o Parque Oceanográfico ZOOMARINE. É um estabelecimento que trabalha essencialmente com golfinhos e toda a animação em volta disso. Este artigo refere-se principalmente à criação de golfinhos no ZOOMARINE.
Recorrem a esse processo para que, não seja necessária a captura de golfinhos. Estes golfinhos são domesticados e são animais treinados para que os criadores possam lhes fazer exames à vontade, sendo que no caso dos golfinhos do exterior não deixariam fazê-lo.
Este projecto de inseminação artificial começou em 2004 fruto de uma dúvida do ZOOMARINE, quando descobriram que uma fêmea estava grávida e não sabiam quem era o progenitor. O Parque, para fazer o teste de paternidade, contactou o Grupo de Biologia Molecular, do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI). O objectivo era criar um bilhete de identidade genético para os golfinhos para assim terem uma consulta mais fácil.
De acordo com Élio Vicente, director de Ciência e Educação do ZOOMARINE, a criação de golfinhos genotipada é uma mais-valia para potenciar a subsistência da população a médio e longo prazo.



O que conhecemos dos golfinhos é que eles são mamíferos que fazem a sua reprodução à vontade, assim como todos os seres vivos. Não existe escolha de genes entre eles. Os golfinhos são livres de escolher o seu parceiro independentemente dos genes que cada um contém. Isso foi coisa que nunca condicionou a sua escolha. Apesar de esta criação ser uma coisa boa de modo a que à uma maior protecção da espécie cetácea, acaba por ser algo que é contra-natura. Esta é uma medida que ajuda a combater à extinção, mas manipular os genes destes mamíferos não é algo saudável para a espécie.
Esta manipulação é algo que o ZOOMARINE tem apostado muito. Isto implica ter que treinar as fêmeas de modo a que elas venham para fora de água e deixem-se ser anestesiadas para poderem proceder à inseminação artificial. Logo este processo mexe com a natureza dos cetáceos, porque têm de ser treinados para uma coisa que não está na sua natureza.
Os cetáceos são mamíferos e tal como todos os outros, para acasalar, não precisam de meios humanos. São animais que não têm por norma sempre o mesmo parceiro para a reprodução. Foi sempre assim que funcionou a criação de golfinhos, e a única vantagem nesta manipulação é a ajuda da preservação da espécie selvagem.
Tudo isto leva a que haja um maior público a visitar estes parques devido à dimensão que estes têm na população cetácea. Não é só a quantidade de golfinhos que atrai o público, mas também o facto de os golfinhos serem treinados e domesticados para fazer acrobacias que todo o público gosta. Tendo em conta que estes animais são extremamente inteligentes, o desenvolvimento desta actividade é sempre positiva.
Os turistas quando vão a estes parques, normalmente só conhecem o espectáculo que lhes é apresentado. O que está por detrás desta manipulação animal é muitas vezes esquecida por todos e torna-se perigoso para a espécie.
O turismo é de grande procura e cada vez mais exigente, por isso estes parques terem necessidade da manipulação dos animais. Por exemplo, é muito mais natural ver os golfinhos nos Açores a fazer as suas acrobacias quando querem e não só porque a seguir vão receber comida como recompensa.
 O problema desta actividade no mar é que nem sempre os golfinhos estão lá disponíveis para receber os turistas, logo a população prefere pagar mais dinheiro num parque e assim tem a certeza que eles lá estão e vão fazer um espectáculo.
A empresa do ZOOMARINE tem lucros para como o desenvolvimento do turismo, com esta actividade, visto que isto faz o turismo crescer em grandes massas. Como é uma actividade muito procurada por pessoas vindas de muitos locais, para o desenvolvimento do turismo acaba por esta actividade ser muito benéfica visto que mobiliza multidões.
O turismo cada vez mais tem um papel importante no nosso país, visto ser ele o grande gerador de riqueza. O ZOOMARINE ajuda no turismo, visto ter uma actividade muito lucrativa no nosso país.
Mas será mesmo necessário lucrar com a prisão dos animais?
            É uma questão muito importante que encontramos respondida através de empresas que geram riqueza através dos golfinhos, mas no seu habitat. Em que consiste em visualizar os golfinhos no seu habitat sem que haja mão humana pelo meio.
            A criação de riqueza pode ser explorada de variadas maneiras, mas sem prejudicar o habitat de cada um, os animais não são mais ou menos que o ser humano, por isso devia-mos de deixar de insistir em contrariarmos a natureza.

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